terça-feira, 21 de outubro de 2008

NOTA DO PODER JUDICIÁRIO DE HUMAITÁ

A Excelentíssima Senhora Doutora Articlina Oliveira Guimarães, juíza de direito substituta de carreira, do Juizado Especial Cível e Criminal da Comarca de Humaitá, TORNA PÚBLICO a todos os cidadãos humaitaenses que, visando facilitar o acesso à Justiça, principalmente daqueles que trabalham em horários alternativos e daqueles que muitas vezes não podem abandonar o serviço nos horários de expediente normal, sem prejuízo de qualquer ordem, e, objetivando ainda, levar o Poder Judiciário a vários pontos da cidade, saindo do Fórum e deslocando-se aos locais onde haja intenso fluxo de pessoas, RESOLVE: que o 2º. JUIZADO ESPECIAL ITINERANTE, funcionará no próximo dia oito de novembro, das 08:00h – 12:00h, na Escola Nossa Senhora do Carmo – Bairro da Olaria.
Assim sendo, o cidadão poderá dirigir-se, neste sábado, no local acima referido, para atendimento judiciário das causas de competência do Juizado Especial, onde será atendido de forma ágil, eficiente e desburocratizada.

Gabinete da Juíza de Direito Substituta de Carreira do Juizado Especial Cível e Criminal. Humaitá, 20 de outubro de 2008.

Articlina Oliveira Guimarães
Juíza de Direito Substituta

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

SERÁ QUE AGORA VAI?


Há cerca de um ano e meio, a imprensa amazonense abriu suas páginas para noticiar em alto e bom tom, que 15 municípios do Estado ganhariam portos até ao final do ano de 2008, num investimento milionário, orçado na fábula de 105 milhões de dólares, tudo isto, graças à “alma caridosa e generosa” do ministro dos transportes do Brasil, Alfredo Nascimento.
De lá pra cá, o que se viu em Humaitá – um dos contemplados, foi uma sucessão de eventos, no mínimo muito estranhos, que além de levantarem inúmeras suspeitas, têm efetivamente causado enormes prejuízos materiais e não pouca preocupação no seio da população, que assiste estarrecida ao menosprezo e descaso patrocinado pela empresa Docas do Maranhão e demais parceiros dessa empreitada.
O próprio ministro Alfredo Nascimento, visitou o local da obra, iniciada às portas do rigoroso e impiedoso inverno amazônico, quando o rigor das chuvas e a conseqüente cheia do Rio Madeira, não permitem qualquer atividade. Mesmo assim, toneladas e toneladas de terra foram retiradas do local, abrindo uma enorme cratera, que só serviu para adiantar o inevitável desmoronamento da histórica Rua Monteiro.
Paralisada a obra, o local serviu durante o inverno, apenas e tão somente de “estacionamento” para embarcações de pequeno e grande porte, além de aumentar ainda mais as dúvidas e incertezas do povo de Humaitá, em particular, comerciantes e moradores do entorno, que viviam e vivem na expectativa de terem de uma hora pra outra, seu rico patrimônio, engolido pelo rio. Será que o Ministério dos Transportes, a Empresa Docas do Maranhão e até mesmo o governo do Amazonas podem dar alguma explicação? Mais uma vez, tão logo começou o período das chuvas, lá estavam os valorosos funcionários, novamente cavando, cavando, cavando...
Resultado? O que você esperava? Mais desmoronamento, mais prejuízos. Uma das mais tradicionais lojas de departamento da cidade, a Loja Popular, teve seu estoque retirado às pressas, caso contrário, tudo se perderia, porque o avanço da cratera foi inevitável e da noite para o dia “engoliu” a Rua Monteiro, agora interditada por tapumes colocados no local.
Quem paga o prejuízo? Quem responde pelo mau planejamento? Ou vão dizer que isso tudo já era previsível e a empresa sabia o que estava fazendo? Por que será que essas obras só são retomadas quando já não se pode fazer muita coisa? Atraso na liberação de recursos? E o planejamento onde fica?
Só pra você saber, a empresa Sistema Pri Petcom ganhou uma concorrência no valor de R$ 1,7 milhão para prestar consultoria técnica e realizar estudos especializados de engenharia consultiva visando a modelagem operacional dos portos de Autazes, Borba, Barcelos, Iranduba, Fonte Boa, Humaitá, Jutaí, Lábrea, Manacapuru, Manicoré, Novo Aripuanã, São Paulo de Olivença, Santa Isabel do Rio Negro, Tefé, Tonantins e Uricurituba. Com todo esse recurso e com toda a tecnologia disponível, não foi possível “descobrir” que chove copiosamente no Amazonas?
O caboclo ribeirinho sabe com quase exatidão a época certa para cada atividade. Assim ele planeja, plantio, colheita, pesca, caça, extração mineral e vegetal, etc. Sabe até a hora em que o peixe tem mais probabilidade de “aparecer”. Curiosamente, só nossos valorosos engenheiros e técnicos não sabem dessas particularidades.


---------------

Detalhes do Convênio
UF: MA Município: ACAILANDIA

Detalhes do Convênio

Número do Convênio SIAFI: 556718

Nº Original: 393003200500271
Objeto do Convênio: Execução de obras e serviços para a implantação do Porto no Município de Humaitá, no Estado do Amazonas.
Orgão Superior: MINISTERIO DOS TRANSPORTES
Concedente: DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAEST DE TRANSP.
Convenente: COMPANHIA DOCAS DO MARANHAO CODOMAR
Valor Convênio: 10.881.712,55
Valor Liberado: 6.500.583,83
Publicação: 06/01/2006
Início da Vigência: 06/01/2006
Fim da Vigência: 30/04/2009
Valor Contrapartida: 0,00
Data Última Liberação: 24/07/2008
Valor Última Liberação: 379.460,00
As informações dos convênios são extraídas do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal - SIAFI, sendo de responsabilidade do Órgão fornecedor dos dados (origem)



COMENTÁRIOS

O escritor e historiador humaitaense Raimundo Neves, escreveu sobre o texto que homenageia os professores humaitaenses:
Caro conterrâneo Elias,

"Li com gosto e atenciosamente o seu texto. É maravilhoso recordar certas coisas sobre a nossa querida Humaitá, pois todas elas me falam de tantas e tantas coisas inesquecíveis. O nosso tradicional Oswaldo Cruz, berço de tantos e tantos intelectuais que por lá passaram e lá aprenderam as primeiras letras do ABC. É maravilhoso também recordar os velhos amigos, tal como falas do nosso Luis Santos. Confesso que gostei do conteúdo do texto e de suas expressões.... "

EM HOMENAGEM AO DIA DO POETA

Carlos Drummond de Andrade

Definitivo como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos
conhecido uma pessoa tão bacana,
que gerou em nós um sentimento intenso
e que nos fez companhia por um tempo razoável , um tempo feliz.
Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado
e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas,
por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido
ao lado do nosso amor e não conhecemos,
por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos ,
por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos .
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco,
mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema,
para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias
se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca,
e que, esquivando –se do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.