segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Questão de memória!

A passagem relâmpago do Governador Eduardo Braga pelo município de Humaitá, na última segunda-feira (22.08), revelou uma prática deveras conhecida e que, ao que parece continua dando resultados, sobretudo no interior. Faltando apenas um ano para o início do maior processo eleitoral do país, Braga aterrissou com um time, aliás, formado por alguns “atletas” da melhor qualidade, na clara intenção de impressionar o povo mangabense com velhas e conhecidas promessas de campanha. Prometeu hospital novo, escolas novas, financiamentos agrícolas, expansão de rede de energia na cidade e no interior, auxílio às manifestações culturais, etc. Oxalá cumpra! Pois esse é seu papel.Tive a oportunidade de acompanhar de perto o então candidato Eduardo Braga em sua luta pelo ideal de se tornar governador do Estado, quando em Humaitá, nos idos de agosto de 2002, o jovem paraense derramou-se em elogios pela cidade, apontando seu potencial, etc., etc. Aliás, quem não lembra?Em uma conversa mais reservada, desta feita na casa do ex-prefeito de Humaitá, lá pelas tantas da noite, na presença de expoentes lideranças do Estado, Braga assegurou investimentos, que, tal qual o fez agora também, fariam de Humaitá, um belo município sob todos os aspectos.Mas os investimentos não vieram. E nem o governador! Vaidoso e personalista, Braga preferiu passar ao largo de nossas maiores necessidades, e, mais que isso, simplesmente desprezou as inúmeras reivindicações dos dois últimos prefeitos, inibindo a liberação de recursos e condenando o município a sobreviver dos parcos recursos institucionais. Embora poucos saibam, vale a pena lembrar que em setembro de 2004, o deputado estadual Lino Chíxaro apresentou ao nosso Dudu, projeto para a revitalização do sistema viário urbano de Humaitá, elaborado pela própria Secretaria de Estado de Infraestrutura e orçado em 3.054,999, 89 (Três Milhões, Cinqüenta e Quatro Mil e Oitenta e Nove Centavos). Curiosamente o governo, com pompa e circunstância, anuncia, meses depois, semelhante serviço, à “pequena quantia” de 11.800.163,15 (Onze Milhões, Oitocentos Mil, Cento e Sessenta e Três Reais e Quinze Centavos)! Dever de Casa: sabe quanto foi o percentual de majoração? E para onde vai a diferença?Dirão uns poucos: e a UEA? As escolas estaduais? O salário do funcionalismo estadual? A manutenção dos Órgãos estaduais? Direi eu: a manutenção dos compromissos institucionais do Estado é um dever de ofício e compromisso de qualquer governante. Não significa nada além do que eu ou você, teríamos que fazer, caso fôssemos nós o mandatário maior do Estado.Chamou-me a atenção uma frase do nosso querido Dudu, aliás, proferida quase em tom de súplica. Dirigindo-se ao público, muito mais interessado nas belas dançarinas dos grupos folclóricos, do que no palanque, absolutamente carente da beleza e da delicadeza feminina, Braga sentenciou: “vocês é que vão decidir se essas obras vão continuar ou parar”! Nem o Zé Simão conseguiria ser mais explícito!E pra não deixar dúvidas, mais uma promessinha de Eduardo Braga aos amantes da cultura: “se eu permanecer no governo, vou construir o maior anfiteatro que esse município já viu....”.Loas ao governador! Faltava realmente um anfiteatro! Afinal, já temos garantidos: vila olímpica, aeroporto internacional, porto de carga e descarga, hospital, escolas-modelo, Asfalto, Rodovias, produção de biodiesel, biblioteca virtual, centro de convivência da criança e do idoso, etc.E apenas e tão somente como sugestão, que tal investir no capital humano, na qualificação e valorização do magistério, no remodelamento da oferta de serviços oferecidos pelo Estado, dentre outras ações?

Nenhum comentário:

Postar um comentário