segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Educação: importante ou prioritária?
Um país que convive com históricas discrepâncias sócio-educacionais, acostumado a confundir educação com ensino, com Leis cujo teor mais marcante ainda é o privilégio das minorias, é chamado mais uma vez, e desta feita, a classe universitária – um de seus tesouros mais preciosos, a discutir, comentar e refletir sobre sua educação.Tarefa hercúlea. Desafio de titãs. Obra, aliás, sempre inacabada, seja pelo desafio constante de se encontrar novos modelos, novas formas de transmitir o saber, seja pela inércia e indiferença daqueles que justamente deveriam, já pelo tempo, ter dado uma resposta à provocação que enseja o título desse enorme desafio.Falar da importância da educação é relembrar as pegadas na areia daqueles, que por primeiro, fincaram ao pé da santa cruz, uma meia dúzia de palavras, poucas, porém o bastante para delinear os caminhos que durante décadas a fio, nortearam os métodos e a filosofia da educação brasileira, a religião católica.Pensar educação enquanto prioridade é lembrar dos milhões de analfabetos funcionais, que tão-somente servem para engrossar as estatísticas dos insaciáveis organismos internacionais, ávidos por encalacrarem ainda mais nossas “inocentes” autoridades educacionais.Por entender a educação tão importante quanto prioritária, Fernando Henrique Cardoso “criou” o estereotipado FUNDEF, cuja siga, por si só já demonstra o quanto a educação é dicotômica, ao se priorizar um nível em detrimento do outro, como se quem está de cá, comesse menos do que quem está de lá!Lula então, “consertou”. Propôs o FUNDEB. Claro! O modelo Neoliberal de FHC, não satisfaz ao radicalismo de quem, pelo menos no discurso, afina-se com Marx, Lênin, Mao Tse Tung, dentre outros.Juntando-se este àquele, tem-se uma enxurrada de Programas, que igualmente têm servido apenas para mostrar que o Brasil, país de profícua magnitude intelectual trata sua educação como qualquer coisa, menos importante, muito menos prioritária.Um exemplo disso é o livro didático “retornável”. Além de ser um verdadeiro “céu sem estrelas”, ainda traz a enorme contribuição de inibir e tolher toda e qualquer iniciativa do educando. Não pode rabiscar, fazer anotações, rasurar; aquelas coisas próprias do processo de descoberta do universo escolar.Trata-se então de uma tomada de posição, não em relação à questão importante ou prioritária, antes sim, da aplicação de uma educação contextualizada, regionalizada, ministrada por professores-educadores, bem pagos, capacitados, dedicados.Não bastam apenas belos modelos e belos discursos. Nisso, somos bons. Mas, nas palavras do escritor americano Richard Bach, “Aquilo que você mais sabe ensinar, é aquilo que você mais precisa aprender”.
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