segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Ainda necessitamos de Deus?
Quando a ciência assombrou o mundo com o anúncio da “super star” Dolly – 1º. mamífero clonado de uma célula adulta, em 1996, parecia mesmo que “não haveria mais restrição para todo o intento humano”. Mas o “criador” de Dolly – cientista Ian Wilmut, estava longe de dar a “palavra final”. Hoje, Dolly não existe mais. Entretanto, apesar de ter vivido poucos anos, a ovelhinha famosa abriu caminho a peripécias ainda mais ousadas. O pesquisador Ian Wilmut, agora clona humanos, aliás, foi o segundo no mundo a receber tal autorização. E brincando de Deus, a galera dos tubos de ensaio, decifrou o DNA humano, “ressuscitou” paciente em coma há 10 anos, trouxe a discussão das células-tronco, para o nosso quotidiano e a Entrepraise com suas jornadas pelas estrelas, já deve ser tão familiar no espaço, quanto pipoca em sessão de cinema.De repente, não mais que de repente, me aparecem com uma muda de Tamareira, cuja semente esteve adormecida, por não menos que dois mil anos! Acredite! Fizeram-na brotar, justamente lá pelos lados da Terra Santa. A ciência conseguiu despertar quem dormia há dois mil anos! E Não se assuste se o plantão do Jornal Nacional trouxer o Marcos Losekam ou o Caco Barcellos direto do Oriente, correndo ao lado de uma múmia ressuscitada, tentando uma entrevista exclusiva. E olha que a Globo consegue!Brincadeira a parte, o dilema entre fé e ciência parece mesmo estar destinado a ser um divisor de águas entre a comunidade científica e a comunidade cristã. Desde que Nietsche declarou a “morte de Deus”, o campo de batalha parece estar cada vez mais sangrento e o abismo entre ambas cada vez maior.De um lado, a chamada “fé cega” que rechaça qualquer sinal de descrença e se recusa a abrir o leque de suas próprias convicções, chegando mesmo ao extremo de atribuir muitas das inquestionáveis contribuições da ciência, à influência de satã! Gente que aprendeu a desaprender, educou-se para deseducar! Gente para quem o conhecimento científico é um obstáculo à fé.Do outro lado, a turma que há muito deixou Deus de lado. Basta-se a si mesma fundamentada num racionalismo extremo e humanista, alardeando a “incontestável” supremacia humana sobre seres e formas. Tudo é uma questão de descoberta. Tudo se explica. Tudo se descobre. E se precisar, se cria! Um registro se faz importante: nossos ávidos, destemidos e ousados, cientistas, têm sim, uma página de importantes contribuições à humanidade.E onde vamos parar com isso? Quem vai vencer essa queda de braço? Quem vai descortinar a próxima novidade? Quem assinará a autoria do próximo milagre? A fé? A ciência? Ambos?Sem dúvida, ainda somos relativamente jovens em se tratando de descobertas físicas e metafísicas, não restando a menor dúvida de que enquanto houver seres pensantes aqui ou em qualquer quadrante desse imenso espaço sideral, seremos testemunhas desse dilema, mas indubitavelmente testemunharemos também fatos que a fé chama de milagre, a ciência de descoberta, e Deus, bem, Deus quem sabe um dia resolva revelar o que realmente aconteceu!
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